Humberto
A Coroa É Nossa - Bumba-Meu-Boi De Maracanã
1997
Tracks:
1. Disperta Maracanã
2. Touro Tricampeao
3. Palmeira do Babacu
4. Lua Bela
5. Estrela de Maio
6. Aldeia de Tupinambá
7. Cantador Teleguiado
8. Linda Donzela
9. Brenhas da Ilha
10. Urro do Boi
11. Professor Dispeitado
12. Ilha de Guarapirá
13. Cinco Letras
14. Banzeiro Grande
15. Reis do Alecrim
16. Coroa de Menino Jesus
A Coroa É Nossa - Bumba-Meu-Boi De Maracanã
1997
Tracks:
1. Disperta Maracanã
2. Touro Tricampeao
3. Palmeira do Babacu
4. Lua Bela
5. Estrela de Maio
6. Aldeia de Tupinambá
7. Cantador Teleguiado
8. Linda Donzela
9. Brenhas da Ilha
10. Urro do Boi
11. Professor Dispeitado
12. Ilha de Guarapirá
13. Cinco Letras
14. Banzeiro Grande
15. Reis do Alecrim
16. Coroa de Menino Jesus
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"BUMBA-MEU-BOI" (bumba-boi, boi-bumbá, etc.) is a very popular and widespread comic-dramatic dance, which tells the story of the death and resurrection of an ox. Boi Bumba roughly translates to "Beat the Bull." Its name comes from the verb bumbar, meaning to beat up or against, and the expression is chanted by the crowd as an invitation for the ox (or rather, the men under the ox costume) to charge against them.
The Ox Dance festival is based on a tale that was brought to the small town of Parantins by migrants who came to the region to seek their fortune during the rubber extraction boom in the early 1900s. There are several variations of the legend, but a common version describes the story of a rich farmer who gives his favorite boi, or ox, as a gift to his beloved daughter, entrusting it to the care of a faithful ranch hand, Pae Francisco. Mae Caterina, Francisco's pregnant wife, develops a strange craving for the a bull's tongue, and Pae Francisco kills the prize beast to satisfy his wife's need.
The crime is discovered, and after some adventures local Indians are called to help capture Francisco in his forest hideout. He is brought before the farmer and threatened with death as punishment. However, St John the Baptist visits the farmer's dreams and warns him not to kill the couple. Desperate, Pae Francisco tries to resuscitate the ox. With the help of spiritual shamans, called Curandeiros, the Caterina and Francisco are able to harness the power of the drum beat to resurrect the ox and save the couple from harm. All ends well, with Francisco being forgiven.
The festival started on a modest scale in 1913 as a simple street procession. Over time, the festival, the story, and the characters have changed to incorporate local Indian legends, rituals, music, and dances and to keep the enactment fresh for the keen competition. The festival also celebrates the traditional lifestyle of the Caboclo, the present-day Amazonian, and the story's native characters have gradually come to the fore, gaining in importance.
The annual festival takes place the weekend before June 24 over three days. Parantins' two samba schools, Garantido and Caprichoso, compete for the year's best presentation of the legend in a huge outdoor arena in front of thousands of spectators. Today, the festival rivals the world-famous carnival celebrations of Rio and Salvador, and its themes, characters and motifs are strongly tied to the national identity of Brazil.
The Ox Dance festival is based on a tale that was brought to the small town of Parantins by migrants who came to the region to seek their fortune during the rubber extraction boom in the early 1900s. There are several variations of the legend, but a common version describes the story of a rich farmer who gives his favorite boi, or ox, as a gift to his beloved daughter, entrusting it to the care of a faithful ranch hand, Pae Francisco. Mae Caterina, Francisco's pregnant wife, develops a strange craving for the a bull's tongue, and Pae Francisco kills the prize beast to satisfy his wife's need.
The crime is discovered, and after some adventures local Indians are called to help capture Francisco in his forest hideout. He is brought before the farmer and threatened with death as punishment. However, St John the Baptist visits the farmer's dreams and warns him not to kill the couple. Desperate, Pae Francisco tries to resuscitate the ox. With the help of spiritual shamans, called Curandeiros, the Caterina and Francisco are able to harness the power of the drum beat to resurrect the ox and save the couple from harm. All ends well, with Francisco being forgiven.
The festival started on a modest scale in 1913 as a simple street procession. Over time, the festival, the story, and the characters have changed to incorporate local Indian legends, rituals, music, and dances and to keep the enactment fresh for the keen competition. The festival also celebrates the traditional lifestyle of the Caboclo, the present-day Amazonian, and the story's native characters have gradually come to the fore, gaining in importance.
The annual festival takes place the weekend before June 24 over three days. Parantins' two samba schools, Garantido and Caprichoso, compete for the year's best presentation of the legend in a huge outdoor arena in front of thousands of spectators. Today, the festival rivals the world-famous carnival celebrations of Rio and Salvador, and its themes, characters and motifs are strongly tied to the national identity of Brazil.
A voz de Humberto
A cultura popular na voz de Humberto de Maracanã
Por Luiza Delamare
É principalmente pela voz de Humberto Barbosa Mendes que as toadas no sotaque da matraca são interpretadas no Boi de Maracanã. Humberto de Maracanã, como é mais conhecido, já se tornou um símbolo das festas de bumba-meu-boi e do Maranhão. Para compor as toadas, ele pesquisa e puxa as lembranças da memória. Com sua voz forte, invoca, em versos, as belezas da natureza, a força da mitologia, da encantaria e os mistérios da floresta. Ao seu comando, os pandeiros começam a vibrar e chamam os outros instrumentos, como a matraca e o tambor-onça.
Humberto está envolvido com a festa do boi desde criança, seu avô materno já fazia parte do Boi do Maracanã. Mas foi principalmente a partir da década de 70 que ele se integrou, de fato, ao grupo. O homem que começou como ajudante de cantor, hoje é um dos principais responsáveis pelo reconhecimento e divulgação da tradicional festa do bumba-meu-boi. Para isso, canta em qualquer lugar e viaja com gente do Maranhão para dançar e tocar em espaços bem menores do que está acostumado. Ao se apresentar em outras cidades se sente recompensado, pois isso mostra que a cultura popular está se expandindo. Mesmo assim, o mestre cantador não deixa de fazer sua crítica: “cada estado do país deveria ter mais espaço para exibir suas tradições culturais, mas é preciso, acima de tudo, sensibilidade para investir na cultura popular”.
Para Humberto, o bumba-meu-boi é um símbolo de paz de um povo sofrido e humilde, uma festa que, quando começa, faz as pessoas esquecerem até que estão com fome.
Até hoje, nunca conseguiu viver apenas com o dinheiro que ganha de seu trabalho cultural. Quando jovem foi lavrador e agora é funcionário público em fase de aposentadoria. Mas o reconhecimento desse grande mestre veio em gestos como a Medalha de Honra ao mérito Lá Ravardière, concedida pela Câmara de Vereadores de São Luís no aniversário de 25 anos de carreira do cantador, além das homenagens da Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão.
A cultura popular na voz de Humberto de Maracanã
Por Luiza Delamare
É principalmente pela voz de Humberto Barbosa Mendes que as toadas no sotaque da matraca são interpretadas no Boi de Maracanã. Humberto de Maracanã, como é mais conhecido, já se tornou um símbolo das festas de bumba-meu-boi e do Maranhão. Para compor as toadas, ele pesquisa e puxa as lembranças da memória. Com sua voz forte, invoca, em versos, as belezas da natureza, a força da mitologia, da encantaria e os mistérios da floresta. Ao seu comando, os pandeiros começam a vibrar e chamam os outros instrumentos, como a matraca e o tambor-onça.
Humberto está envolvido com a festa do boi desde criança, seu avô materno já fazia parte do Boi do Maracanã. Mas foi principalmente a partir da década de 70 que ele se integrou, de fato, ao grupo. O homem que começou como ajudante de cantor, hoje é um dos principais responsáveis pelo reconhecimento e divulgação da tradicional festa do bumba-meu-boi. Para isso, canta em qualquer lugar e viaja com gente do Maranhão para dançar e tocar em espaços bem menores do que está acostumado. Ao se apresentar em outras cidades se sente recompensado, pois isso mostra que a cultura popular está se expandindo. Mesmo assim, o mestre cantador não deixa de fazer sua crítica: “cada estado do país deveria ter mais espaço para exibir suas tradições culturais, mas é preciso, acima de tudo, sensibilidade para investir na cultura popular”.
Para Humberto, o bumba-meu-boi é um símbolo de paz de um povo sofrido e humilde, uma festa que, quando começa, faz as pessoas esquecerem até que estão com fome.
Até hoje, nunca conseguiu viver apenas com o dinheiro que ganha de seu trabalho cultural. Quando jovem foi lavrador e agora é funcionário público em fase de aposentadoria. Mas o reconhecimento desse grande mestre veio em gestos como a Medalha de Honra ao mérito Lá Ravardière, concedida pela Câmara de Vereadores de São Luís no aniversário de 25 anos de carreira do cantador, além das homenagens da Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão.
Vida de cantador: Humberto do Maracanã
Julio de Paula
Julio de Paula
Palmeiras balançam no Maracanã. O maracá de prata do Guriatã comanda o Batalhão de Ouro. No encalço do boi, a comunidade pulsa no sotaque da matraca.
Maracanã é bairro da zona rural de São Luís que mantém viva (e crescente) a tradição do bumba-meu-boi de matraca – ou sotaque da ilha. O Boi de Maracanã figura ao lado do Boi da Maioba como os dois maiores brinquedos do Maranhão.
Nascido em 1939, Humberto Barbosa Mendes tem o hábito do boi desde menino. Figura emblemática, iniciou-se como compositor e intérprete de toadas aos 12 anos de idade. Aos 34, tornou-se Cantador Humberto do Maracanã. Hoje é reconhecido pelo Ministério da Cultura como Mestre em Cultura Popular e um dos maiores divulgadores da tradição musical maranhense.
Cantador Humberto pertence à Velha Escola do Boi. Tem acompanhado a evolução da brincadeira – ou se adaptado aos novos tempos. De auto proibido (que se viu resguardado nas periferias de São Luís), ao atual fenômeno de turismo, os cinco sotaques do boi – matraca, orquestra, zabumba, costa de mão e pandeirões – correm soltos por ocasião dos festejos do mês de junho.
“O boi no Maranhão é secular, sempre existiu. Desde uns 20 anos pra cá, ele se desenvolveu bastante. Tem muitos grupos hoje”, diz Humberto em entrevista ao programa Veredas gravada no dia 16 de março de 2004, ocasião em que esteve em São Paulo como convidado do projeto Turista Aprendiz, do grupo A Barca.
Cantador Humberto é o Guriatã, porta-voz do boiato, sinônimo do lugar. A lira do cantador é seu maracá de prata. A toada nasce na boca do amo e cresce forte no batalhão, gigante como as árvores do quintal.
“O brasileiro, em alegria, sátira, sentimentalismo, piedade, justiça e arbítrio, samba e oração, está reunido no Bumba-meu-boi”. (Cascudo)
Bumba-meu-boi
Get up my ox
"O meu boi morreu
O que será de mim?
Manda comprar outro, ó maninha
Lá no Piauí"
"My ox is dead
What’s gonna happen to me?
Get me a new one, oh, sister
In Piauí."
Get up my ox
"O meu boi morreu
O que será de mim?
Manda comprar outro, ó maninha
Lá no Piauí"
"My ox is dead
What’s gonna happen to me?
Get me a new one, oh, sister
In Piauí."
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