A palavra rabeca foi usada durante a idade média para designar um Rebab, instrumento importado do Norte da África. Posteriormente, passou a designar qualquer instrumento folclórico parecido com o violino de cultura popular. De timbre mais baixo que o do violino, tem um som fanhoso e sentido como tristonho. Suas quatro cordas de tripa são afinadas, por quintas, em sol-ré-lá-mi.
O tocador encosta a rabeca no braço e no peito, friccionando suas cordas com arco de crina, untado no breu. É juntamente com a viola, um instrumento tradicional dos cantadores nordestinos. Muitas pessoas confundem a rabeca com o violino, apesar de não terem o mesmo som e timbre.
Em São Paulo, é usada em folganças ou fandango, na folia-do-divino, moçambique, congadas, dança-de-são-gonçalo e folia-de-reis. No nordeste foi popularizada por bandas locais, onde também é fabricada por gente simples do interior de Alagoas como Nelson da Rabeca. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, a rabeca foi o primeiro instrumento melódico utilizado no forró. Só posteriormente, com a imigração dos alemães, é que a sanfona foi difundida por todo o Brasil e introduzida na música nordestina. E por ser um instrumento com mais recursos musicais, pois é um instrumento melódico e harmônico (ao contrário da rabeca que é apenas melódico), a sanfona teve maior aceitação.
Na região Norte a rabeca é usada nas festividades de São Benedito na cidade de Bragança onde destaca-se como o principal instrumento da festa, é tocada desde 1978 pelo mestre Zito no período de 18 a 31 de dezembro. Músicas como retumbão, chorado, xote, mazurca e contra-dança fazem parte do repertorio da festa, mais conhecida com o nome de Marujada.
Aurimar Monteiro de Araújo, mestre Ari, é um dos mais renomados artesãos do instrumento na Região Amazônica, utilizando madeiras e fibras vegetais da floresta ele confecciona instrumentos de sons inigualáveis. O mestre foi responsável pela criação da Orquestra de Rabecas da Amazônia, além de uma escola de música e de uma oficina escola que capacitam profissionalmente crianças e adolescentes, preservando assim a memória do instrumento na região.
Rebec
The rebec (sometimes rebeck, and originally various other spellings) is a bowed string musical instrument. In its most common form, it has narrowboat shaped body, three strings and is played on the arm or under the chin, like a violin.
Origins
The rebec dates back to the Middle Ages and was particularly popular in the 15th and 16th centuries. The instrument is European and derived from the Arabic bowed instrument rebab and the Byzantine lyra. The rebec was first referred to by that name around the beginning of the 14th century, though a similar instrument, usually called a lyra, had been played since around the 9th century.
A singular distinguishing feature of the rebec is that the bowl (or body) of the instrument is carved from a solid piece of wood. This distinguishes it from the later period veilles and gambas known in the renaissance.
Tuning
The number of strings on the rebec varies from one to five, although three is the most common number. The strings are often tuned in fifths, although this tuning is by no means universal. The instrument was originally in the treble range, like the violin, but later larger versions were developed, such that by the 16th century composers were able to write pieces for consorts of rebecs, just as they did for consorts of viols.
In use
In time, the viol came to replace the rebec, and the instrument was little used beyond the renaissance period. The instrument did remain in use by dance masters until the 18th century, however, often being used for the same purpose as the kit, a small pocket-sized violin. The rebec also continued to be used in folk music, especially in eastern Europe and Spain. Andalusi nubah, a genre of music from North Africa, often includes the rebec.
O tocador encosta a rabeca no braço e no peito, friccionando suas cordas com arco de crina, untado no breu. É juntamente com a viola, um instrumento tradicional dos cantadores nordestinos. Muitas pessoas confundem a rabeca com o violino, apesar de não terem o mesmo som e timbre.
Em São Paulo, é usada em folganças ou fandango, na folia-do-divino, moçambique, congadas, dança-de-são-gonçalo e folia-de-reis. No nordeste foi popularizada por bandas locais, onde também é fabricada por gente simples do interior de Alagoas como Nelson da Rabeca. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, a rabeca foi o primeiro instrumento melódico utilizado no forró. Só posteriormente, com a imigração dos alemães, é que a sanfona foi difundida por todo o Brasil e introduzida na música nordestina. E por ser um instrumento com mais recursos musicais, pois é um instrumento melódico e harmônico (ao contrário da rabeca que é apenas melódico), a sanfona teve maior aceitação.
Na região Norte a rabeca é usada nas festividades de São Benedito na cidade de Bragança onde destaca-se como o principal instrumento da festa, é tocada desde 1978 pelo mestre Zito no período de 18 a 31 de dezembro. Músicas como retumbão, chorado, xote, mazurca e contra-dança fazem parte do repertorio da festa, mais conhecida com o nome de Marujada.
Aurimar Monteiro de Araújo, mestre Ari, é um dos mais renomados artesãos do instrumento na Região Amazônica, utilizando madeiras e fibras vegetais da floresta ele confecciona instrumentos de sons inigualáveis. O mestre foi responsável pela criação da Orquestra de Rabecas da Amazônia, além de uma escola de música e de uma oficina escola que capacitam profissionalmente crianças e adolescentes, preservando assim a memória do instrumento na região.
Rebec
The rebec (sometimes rebeck, and originally various other spellings) is a bowed string musical instrument. In its most common form, it has narrowboat shaped body, three strings and is played on the arm or under the chin, like a violin.
Origins
The rebec dates back to the Middle Ages and was particularly popular in the 15th and 16th centuries. The instrument is European and derived from the Arabic bowed instrument rebab and the Byzantine lyra. The rebec was first referred to by that name around the beginning of the 14th century, though a similar instrument, usually called a lyra, had been played since around the 9th century.
A singular distinguishing feature of the rebec is that the bowl (or body) of the instrument is carved from a solid piece of wood. This distinguishes it from the later period veilles and gambas known in the renaissance.
Tuning
The number of strings on the rebec varies from one to five, although three is the most common number. The strings are often tuned in fifths, although this tuning is by no means universal. The instrument was originally in the treble range, like the violin, but later larger versions were developed, such that by the 16th century composers were able to write pieces for consorts of rebecs, just as they did for consorts of viols.
In use
In time, the viol came to replace the rebec, and the instrument was little used beyond the renaissance period. The instrument did remain in use by dance masters until the 18th century, however, often being used for the same purpose as the kit, a small pocket-sized violin. The rebec also continued to be used in folk music, especially in eastern Europe and Spain. Andalusi nubah, a genre of music from North Africa, often includes the rebec.
As Músicas de Rabequeiros
Tracks:
01. Na chegada dessa Casa (5:59)
02. Toadas de Cavalo-Marinho (3:42)
03. Revendo o Mandacarú (3:40)
04. Impoeira (2:07)
05. Lá em Mari (2:08)
06. Caranguejo Danado (2:24)
07. Violino no Choro (2:17)
08. Chorinho Pequeno (2:26)
09. Quebrando a Barra do Dia (3:18)
10. Viva Raimundo (5:15)
11. Baião/A Força (1:54)
12. Minha Santa Beata Mocinha (2:29)
13. Meu Verso (3:06)
14. Mucunã (3:13)
15. Na casa de Dona Dá (3:06)
16. Coco da Bicharada (3:31)
17. Moreninha vou embora (4:01)
18. Canoa (6:31)
19. Baiano de Cavalo-Marinho (7:31)
20. Despedida (5:41)
Rabequeiros:
Tracks:
01. Na chegada dessa Casa (5:59)
02. Toadas de Cavalo-Marinho (3:42)
03. Revendo o Mandacarú (3:40)
04. Impoeira (2:07)
05. Lá em Mari (2:08)
06. Caranguejo Danado (2:24)
07. Violino no Choro (2:17)
08. Chorinho Pequeno (2:26)
09. Quebrando a Barra do Dia (3:18)
10. Viva Raimundo (5:15)
11. Baião/A Força (1:54)
12. Minha Santa Beata Mocinha (2:29)
13. Meu Verso (3:06)
14. Mucunã (3:13)
15. Na casa de Dona Dá (3:06)
16. Coco da Bicharada (3:31)
17. Moreninha vou embora (4:01)
18. Canoa (6:31)
19. Baiano de Cavalo-Marinho (7:31)
20. Despedida (5:41)
Rabequeiros:
Artur Erminio (PB), Luiz Paixão (PE), José Ermínio (PB), Alício Amaral (SP), Geraldo Idalino (PB), Waldemar da Silva (MA), Cego Oliveira (CE), Antônio Nóbrega (PE), Siba Veloso (PE), Mané Pitunga (PE), Luismario Machado (RN), Nelson da Rabeca (AL), Renata Rosa (SP), Manoel Almiro (SP), Maciel Salustiano (PE), Esdras Rodrigues (SP) e Luis Fiaminghi (SP).
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Uma parcela da diversidade da música dos rabequeiros pode ser admirada neste precioso registro. Oriundos de diferentes estados brasileiros, os rabequeiros aqui apresentados brindam-nos com diversificadas formas e ritmos, músicas advindas de brincadeiras e contextos culturais vários.
Este trabalho foi trazido a público por empreendimento de Agostinho Lima, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com financiamento do governo da Paraíba. Trata-se de mais um importante fruto resultante do curso de Etnomusicologia do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal da Bahia, onde Agostinho Lima concluiu mestrado e doutorado, orientado pelo Dr. Manuel Veiga.
Este trabalho foi trazido a público por empreendimento de Agostinho Lima, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com financiamento do governo da Paraíba. Trata-se de mais um importante fruto resultante do curso de Etnomusicologia do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal da Bahia, onde Agostinho Lima concluiu mestrado e doutorado, orientado pelo Dr. Manuel Veiga.
Luiz Paixão
Mané Pitunga
♥
and, many many years ago when that big ship sailed to Brazil, loaded with Rabecas they dropped a few off when they fetched water in Cabo Verde... so they say :)
3 comments:
YES this is magic rabeca !!!!
:)))
I can assure that the tale is 100% true but incomplete ,the rabecas that were left behind in Cabo Verde somehow met their distant relatives from across the shore,the cimboas :)
http://home.no/tabanka/cimboa.htm
Mestre Salustiano and Antonio Nobrega - two of the best. (Mestre S. died a couple of years ago.) You should be able to find recordings by them at umquetenha and some of the other Brazilian blogs that feature music from the nordeste and folkloric music in general.
Antonio has a TV series that explored many kinds of Brazilian "roots" music and dance. There are episodes available on Youtube - if you do a search on his name + "jongo," you should be able to find it easily enough.
I checked your link to the rabequeiros site - I think it's kind of odd that they included so many recordings by younger (not folkloric) musicians - like the group Mestre Ambrosio. (But then, I think maybe Siba - who plays rabeca in Mestre Ambrosio - is one of the people who is behind this particular project.)
At any rate, there are a *lot* of good musicians listed there, but there are others to check out, too... :)
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