3.4.15

Just Another Festival...

   
Brésil:
Cavalo-Marinho
Fête de Rue du Nordeste
2003

Tracks:

01. Toada de Mateus e Bastiao - 2:25
02. Soldado - 1:13
03. Mané do Baile - 0:40
04. Dança dos Arcos de Sao Gonçalo do Amarante - 3:16
05. Feijao Queimou, Adeus Maria - 1:02
06. Maria do Rosario - 0:46
07. Toada - 1:46
08. Mané do Motor - 1:07
09. Pisa Pilao - 1:55
10. Mané Taiao - 2:02
11. O Varre Ruas - 4:46
12. Gameleira - 5:23
13. Divino Santos Reis - 2:47
14. Camaleao - 1:37
15. Maria, Minha Maria - 4:19
16. Velho Corcunda - 4:26
17. Mané de Batata - 2:01
18. Ema - 4:01
19. Parece Mais Nao - 5:41
20. Zé Domingos - 5:18
21. Toada - 3:45
22. Baiano - 7:18
23. O Boi - 5:35

Luis Alves Ferreira "Luis Paixão" - rabeca
Inacio João da Silva, - pandeiro
Manol Soares da Silva "Mané Roque" - mineiro, vocals
Maria de Lurdes Soares "Lurdinha" - baje, vocals

Recorded Mar. 25, 2001, Pernambuco.

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 Instrumental and vocal music to accompany the Cavalo-Marinho, a street show related to the Bumba meu boi.

Here comes another rare recording made by Teca Calazans in her native Nordeste. This new CD is devoted to the Cavalo Marinho (lit Sea Horse, hippocampus), a folk street show inspired from the celebrations of the ox found throughout Brazil, and incorporating elements acquired around farms and sugar cane plants, in close contact with the indigenous and mixed-blood culture, not to mention the inheritance from the French, the Dutch and the Portuguese who once lived in the region. This itinerant theatre form features a catalogue of 63 characters belonging to 3 categories ‹human, animal and fantasy‹ spreading over 66 acts, and accompanied by a band, called banco (from the name of the long bench where the musicians sit and play), which comprises six musicians: one rabeca (a violin of Arab origin), one pandeiro (tambourine), two baje (a scraper resembling the reco-reco) and one mineiro (rattle) players. The band is of prime importance in the evolution of the show. The participants of the banco are the first to enter the scene. They are the ones who sing, play and call the characters one after the other, and guide all the sequences.


O Cavalo Marinho é um folguedo cênico brasileiro, típico da Zona da Mata Setentrional de Pernambuco.

O auto integra o ciclo de festejos natalinos, e presta homenagem aos Reis Magos. As apresentações se processam ao som da orquestra conhecida como banco, composta de rabeca, ganzá, pandeiro, bage de taboca e zabumbas.O folguedo possui 76 personagens (figuras), sendo divididas em Três categorias humanas, fantásticas e animais. Entre as humanas estão o Capitão, Mateus, Bastião, Mestre Ambrosio, Soldado da Guarita, Mané do baile, Valentão, Pisa Pilão, Barre Rua. Nas fantásticas estão Caboclo de Urubá, Parece mas não é, Morte, Diabo, Babau, Jaraguá. E os animais são Boi, Ema, Cavalo, Onça e Burra. Uma apresentação com todas as figuras pode ter duração de oito horas seguidas. Acontecem entre julho e janeiro, com destaque para os dias de natal, ano-novo e dia de reis. No decorrer da apresentação, os brincantes - tradicionalmente todos homens - assumem diferentes papéis, mediante a troca de roupa ou de máscara, com exceção dos negros Bastião e Mateus, que permanecem os mesmos durante todo o espetáculo. O auto reúne encenações, coreografias, improvisos e toadas, além de uma série de danças tradicionais, tais como o coco, o mergulhão e a dança de São Gonçalo.

O espetáculo é narrado através da linguagem falada, da declamação de loas e toadas - como são conhecidas as estrofes poéticas que integram o enredo. Os personagens, de modo geral, interagem com o público presente, sobretudo Mateus e Bastião, que, constantes em todos os atos, tecem comentários satíricos sobre a apresentação em si, sobre os indivíduos do público, ou sobre quaisquer outros assuntos. Assemelha-se ao reisado, ao bumba-meu-boi e a outros folguedos brasileiros, bem como certas manifestações populares cênicas de Portugal, como o boi fingido e a nau-catarineta. Os brincantes, na execução do festejo, dão vivas a Jesus, à Virgem Maria, a São Gonçalo e aos santos de devoção do dono da casa onde se processa a apresentação. A essas manifestações de religiosidade católica agregam-se os pontos em honra à Jurema, entoados pelo Caboclo, e certos elementos do Xangô do Nordeste.

Os personagens do auto refletem a sociedade colonial da Zona da Mata Nordestina: Mateus e Bastião, que trazem o rosto pintado de preto, representam a forte presença negra na empresa açucareira; o capitão, montado em seu cavalo, representa o grande latifundiário, dono do engenho; o soldado, subserviente ao capitão, é o elemento opressor a serviço do poder político; os galantes e as damas aludem à faustosa aristocracia que se desenvolveu em torno da cultura da cana. Outros personagens incluem o Caboclo - entidade catimbozeira que canta hinos em homenagem à Jurema -, o boi, a Catirina, esposa simultânea de Mateus e Sebastião, o Empata-samba, o Matuto da Goma, a Véia do bambu.

Musicalidade

O grupo de músicos que acompanha a brincadeira do inicio ao fim é conhecido como banco. Eles tocam os instrumentos e cantam as toadas. Além de cantar eles também são participantes dos momentos dramáticos, interagindo com as figuras. Eles podem fazer isso sentados, respondendo as figuras da roda, ou se levantando e indo ao centro da roda, mas em grupo. O mínimo de participantes admitidos para se brincar são quatro, porem não há limite de integrantes. A formação mínima consiste de um rabequista, um bagista, um panderista e um mineirista. Eles sentam em um longo banco de madeira e, provavelmente, daí que veio o nome deles. Sempre há o que puxa as toadas, que é o responsável pela estrofe, e os que acompanham, respondendo os versos ou os repetindo. O que puxa as toadas é o que tem liberdade para improvisar.

read it all here : )


oh boi :-)

 

2 comments:

beetor said...

This is an amazing party! Thanks Miguel!

Miguel said...

:-)